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De tempos a tempos as tendências nacionalistas regressam em força, como vagas trazidas pela instabilidade económico-financeira e decorrente instabilidade social. São discursos que por fazerem de determinados preconceitos sociais alavancas ideológicas conquistam larga franja social. São fenómenos que, desde que reduzidos no tempo, carregam uma força narrativa ímpar, porque inflamam o eleitorado em direção a alvos fáceis, encontrando uma culpabilização naif para problemas bem mais estruturais. Exemplo disso é a emergência política de Donald Trump, cada vez mais provável candidato republicano à Casa Branca. Trata-se de um candidato que faz do medo, do ódio fácil e de um maniqueísmo primário as suas bases ideológicas e programáticas. Por todas as razões já salientadas, uma possível eleição de Trump não abonaria nada em favor da democracia global. No entanto, daí a colar-se o político populista ao nazismo vai um passo grande, que joga, no mesmo tom que o visado, com o medo e a memória coletiva. Donald Trump é produto de um ultraconservadorismo e de um ultranacionalismo norte-americanos. É nesse quadro, muito similar ao da família Bush, que o candidato deve ser enquadrado, a bem da democracia, para que seja, dentro da sua real moldura, derrubado.
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