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Hoje é o dia que os estadunidenses* decidem o rumo dos próximos quatro anos, não apenas em matéria de Política e Direito interno, mas no âmbito internacional. Num mundo multipolar e ao mesmo tempo concentrado em eixos e focos de poder, os rumos dos EUA afetam, determinantemente, as trajetórias internacionais. Até à entrada de Donald Trump na Casa Branca, nunca a mentira se tinha tornado, de forma tão declarada e evidente, em modus operandi. Mentir e distorcer factos, tornou-se na tradução de Sentido de Estado, de um presidente inapto para o cargo, com graves distúrbios de personalidade e grosseiras falhas éticas. A mitologia urbana do sucesso aliada aos contrastes de um país que se assemelha a um continente, onde as suas zonas rurais vivem um fervor cristão e um continuum com o faroeste, colocaram Donald Trump sentado à mesa da sala oval. Hoje a "América" decide se pretende inverter esta espiral de insanidade política ou ampliar os atropelos à Democracia. Ampliar porque se Trump vencer sentir-se-á legitimado a tomar o poder nas mãos de uma forma decisiva, atropelando o Senado e manietando o Supremo Tribunal. Não obstante, a sua derrota não garante que abandone a Casa Branca. Convicto de que a cadeira presidencial é sua, Trump ameaçou já que não reconhecerá a derrota, remetendo a questão para o Supremo Tribunal, onde, sabemos, a balança está desproporcionalmente virada para o lado Republicano. Se assim for, o mundo ficará nas mãos do ST, esperando para saber se este obecederá às ordens de Trump ou se cumprirá o seu dever de reconhecer as urnas.
*opto por esta designação tendo em conta que os canadianos são, também, norte-americanos, geograficamente falando.
adenda: agradeço à equipa de blogs do Sapo pelo destaque deste post.